“O homem que julga infalível a sua razão está bem perto do erro. Mesmo aqueles, cujas ideias são as mais falsas, se apóiam na sua própria razão e é por isso que rejeitam tudo o que lhes parece impossível.” Fonte: O Livro dos Espíritos, introdução VII.

Trabalhemos todos, pela Unificação do movimento espírita!!

O Espiritismo é uma questão de fundo; prender-se à forma seria puerilidade indigna da grandeza do assunto. Daí vem que os centros que se acharem penetrados do verdadeiro espírito do Espiritismo deverão estender as mãos uns aos outros, fraternalmente, e unir-se para combater os inimigos comuns: a incredulidade e o fanatismo.”

“Dez homens unidos por um pensamento comum são mais fortes do que cem que não se entendam.”
Allan Kardec (Obras Póstumas – Constituição do Espiritismo – Item VI).

“Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia.”Thiago,3/17

“Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.” João – 15:7

Falar e Fazer

Em se tratando de reforma íntima: “Fácil é dizer como se faz. Difícil é fazer como se diz.” Precisamos fazer mais e dizer menos. Francisco Rebouças.

sexta-feira, 23 de maio de 2025

Mudanças inesperadas!

O Ser humano, nem sempre está disposto a realização de mudanças em seu procedimento normal no dia a dia de sua experiência na Terra.

No entanto, é preciso estar preparado para as imprevistas e necessárias mudanças que acontecem no percurso de nossas atividades em conformidade com as Soberanas Leis do Universo, que nos concede oportunidade de crescimento intelectual moral e espiritual, que nem sempre desfrutamos na posição que ora nos encontramos.

A vida é uma constante mudança, e a própria natureza é uma fonte de lições, com suas incontáveis transformações que nos apresenta em todos os níveis e em todos os momentos, mostrando-nos que a vida é dinâmica, desafiadora e impressionante fonte de ensinamentos.

Inicialmente, toda mudança exige do nós um esforço e uma determinação que não se consegue sem coragem e boa-vontade visto que a rotina, o automatismo a que estamos acostumados, nos proporcionam um comodismo de difícil enfrentamento.

Necessário se faz, buscar o quanto antes nos adaptarmos às novas determinações que cada acontecimento, cada pessoa ou cada coisa exigirão de nós, solicitando o quanto antes estejamos ajustados e em plena atividade que requer urgência para cumprir com suas finalidades.

Claro que às vezes já estamos há muito tempo exercendo certa atividade que realizamos com certa facilidade e esmero, mas é preciso entender que o progresso é Lei Divina e que precisamos nos acostumar com essas mudanças que se no início parecem difíceis, mais tarde se revelarão algo talvez mais proveitoso e de fácil realização, ofertando-nos novos conhecimentos e abrindo mais uma porta para nossa elevação e aprimoramento em todos os sentidos.

Dispomos de inúmeras variáveis a seguir, trabalho não nos faltará em nenhum momento de nossas vidas, por isso não se justificarão desânimo, descontentamento, ou qualquer outro sentimento que não seja de fé disposição de servir, e mãos à obra.

“Persiste na reta consciência e faze o teu melhor.

Dos planos superiores, os amigos que te antecederam na Pátria Espiritual acompanham-te os triunfos ignorados pelos homens e abençoam-te o suor da paciência nas lutas necessárias; encorajam-te na causa do amor puro e sustentam-te as energias para que as tuas esperanças não desfaleçam; comungam-te as alegrias e as dores, ensinando-te a semear a felicidade nos outros, para que recolhas a felicidade maior; se tropeças, estendem-te os braços e, se choras, enxugam-te as lágrimas; sobretudo, esperam-te, confiantes, quando termines a tarefa, para te abraçarem, afetuosos, com a alegria de quem recebe um companheiro querido, de volta ao lar.

Persevera no bem, sabendo que viverás pra sempre.

E, se te sentires sozinho na fé, lembra-te de Jesus.”

Chico Xavier, pelo Espírito Emmanuel, livro Vinha de Luz, cap.10.

Muitas vezes o trabalho constituir-se-á de lutas acerbas, de sofrimentos, de suor e de sacrifícios, mas somos sabedores que nada na vida acontece por acaso, e nenhum indivíduo dispensará as armaduras da fé na marcha confiante da vitória ante as tempestades passageiras.

Sigamos assim, firmes e em frente, planejando e construindo um futuro ditoso e surpreendente para um porvir jubiloso.

Jesus segue à frente!

Francisco Rebouças.

sexta-feira, 16 de maio de 2025

Toda atenção às nossas responsabilidades perante a vida!

“Pois nós somos um santuário do Deus vivo.” - Paulo. (II Coríntios, 6:16.)

Nosso despertamento na Espiritualidade, após a morte do veículo físico que a Soberana Sabedoria do Universo nos emprestou, como ferramenta divina para nosso progresso evolutivo, depende indiscutivelmente das nossas realizações positivas ou negativas, impostas pela maneira de como exercemos o direito ao nosso livre arbítrio.

Que direção imprimimos aos nossos objetivos, do uso ou não das instruções do Evangelho de Jesus, do aproveitamento do tempo em realizações nobres, do respeito aos direitos dos outros etc., a doutrina espírita é portadora de importantes considerações sobre esse assunto para nossas reflexões.

“A transposição de plano para a nossa mente é muito morosa, considerando as necessidades de preparação que nos cabe, à frente da vida superior.

Só a grande vida merece a grande morte.

Além da carne, não há libertação para quem não se liberta.

O trabalho é desconhecido para quem não trabalha.

A Vida abundante, com relação à qual, tão claro foi Jesus nas lições da Boa Nova, apenas se revela ao coração que se devotou à vida intensa na prática do bem, desde aí.

A união espiritual é uma luz somente para aquele que, ainda na carne, a procura.

A nossa esfera aqui é, sobretudo, de continuação ao que, aí, teve começo.

No círculo físico, as possibilidades de iniciar ou reiniciar são imensas.

Aqui, porém, pelo menos nas atividades vizinhas da Crosta Planetária, a lembrança, a memória e a ligação mental impõem prosseguimento.” Xavier, Francisco Cândido, pelo Espírito Néio Lúcio. Livro Irmãos Unidos, cap. Além da Terra.

O despertar gradual da memória, com a consequente lembrança dos fatos que que fizemos ou deixamos de fazer, poderão nos proporcionar paz ou desassossego, em vista do inevitável reencontro com os amigos e também com os adversários, nas diversas situações determinadas pelas nossas ações boas ou más para com eles.

Vivenciaremos assim a resposta da Lei à nossa vigilância no exercício da fraternidade, da caridade do respeito ou à nossa insensatez e indiferença aos bons costumes, mediante o sentimento de júbilo ou de insuportável desconforto, resultante do plantio que tivermos feito, pois é da Lei que colheremos o que semearmos.

A Lei de Causa e Efeito a todos oferecerá o saldo positivo ou negativo de nossos pensamentos, palavras e atos na vida terrena, onde, há mais de dois milênios, recebemos os sublimes roteiros do caminhando a percorrer sob a luz do Evangelho da Redenção, trazidos, ensinados e exemplificados por Jesus nosso Modelo e Guia.

Dessa forma, podemos afirmar que a vigilância é de suma importância enquanto estamos reencarnados, pois embora Jesus não nos peça santificação que não pode ser alcançada em um planeta de expiações e provas, solicita simplesmente que “Amemos a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos”, o que é nos é absolutamente possível.

Ser algum, desencarna pecador para despertar santificado, mas é possível ao homem desenvolver seus valores íntimos, nobres dignos, éticos deixar de ser escravo da preguiça da indiferença da descrença para levantar-se, na manhã seguinte, com a disposição de renovar-se e trabalhar em busca de ser feliz, o quanto é possível na Terra.

Trabalhemos com afinco por buscar a saúde integral que é a do corpo em harmonia com o Espírito nele presente. Comecemos por educar nosso modo de ver e de ouvir, controlemos a língua, falemos de saúde, de otimismo de progresso, de fé, de confiança, de esperança em dias melhores no porvir, e certamente isso fará grande diferença para nossa saúde física e espiritual.

Façamos amigos, fujamos da animosidade, sigamos as lições do Evangelho e aguardemos as flores que certamente perfumarão nosso futuro com a bênção da consciência leve e do dever retamente cumprido.

Urge agir de forma que tanto no encarnar ou no desercarnar, chegando ou partindo deste nosso mundo físico, sejam ocorrências naturais sendo bem recebidos aqui e lá sem maiores e dolorosos sacrifícios, vivendo bem aprendendo e servindo a causa do bem para que o adormecer seja suave, e o despertar alegre.

Cientes de que a vida verdadeira não se extingue jamais!

Francisco Rebouças. 

terça-feira, 13 de maio de 2025

Deus o guarde, Divaldo Franco!

Hoje dia 13/05/2025 às 21:45h, retornou ao mundo espiritual o conhecido discípulo de Jesus, o querido e respeitado Divaldo Pereira Franco, um dos maiores trabalhadores da Seara Espírita no Brasil.

Em seus 98 anos de dedicação ao Mestre e Guia da humanidade, o dedicado médium, além de fundador da Mansão do Caminho, extraordinária instituição filantrópica de acolhimento de crianças, adolescentes e adultos em situação de vulnerabilidade social, também dedicou sua vida à divulgação do espiritismo.

Sua trajetória como divulgador do Consolador Prometido, foi marcada por extraordinárias palestras, uma quantidade enorme de livros psicografados e um trabalho incessante para manter viva a esperança dos corações que dele dependiam.

Que seu exemplo e seu legado continuem bem vivos na memória de tantos quantos se beneficiaram do seu labor e sirva de inspiração para que todos nós possamos também fazer a parte que nos compete na construção de um mundo melhor.

Que Jesus o receba Divaldo, e o agradeça em nosso nome por tudo de bom que você nos propiciou.

Que a paz seja sua recompensa!

Útil refletir!


 

Os inimigos de nosso progresso!

"O próprio Senhor irá à sua frente e estará com você; ele nunca o deixará, nunca o abandonará. Não tenha medo! Não desanime!" (Deuteronômio 31:8)

Não nos restam dúvidas de que são inúmeros os adversários que trabalham contra a paz interior que tanto desejamos expandir em nosso caminho evolutivo, nos dias da atualidade. Entre vários outros podemos citar o medo, o desânimo, a falta de perspectivas em dias melhores, etc., mas optamos por destacar este que pensamos ser cruel, pela baixeza de suas formas de contaminação e destruição que é a depressão.

Esse terrível adversário de nosso equilíbrio surge, sorrateiramente quando menos estamos esperando, causando-nos sérios prejuízos e assumindo proporções inimagináveis impondo-nos fracassos dolorosos.

Em uma sociedade que pouca importância dedica aos valores éticos, que chega ao cúmulo de admitir como algo normal os vícios nocivos à saúde e bem-estar dos indivíduos, onde a crueldade recebe aprovação de muitos, onde a insensatez prospera, e a corrupção predomina abertamente, o sincero servidor do Cristo, aquele que se decide pelo bom combate, enfrenta difíceis obstáculos na busca de sua elevação moral espiritual.

Nesse cenário, o homem ou a mulher mais sensível caem na depressão que se torna para esse espírito reencarnado, como se fosse a noite imprevista de tempestade em pleno dia ensolarado. É veneno que destrói lentamente as mais belas e positivas aspirações do Ser e invariavelmente, alcança poder destruidor em quem lhe dá abrigo.

A depressão aloja-se perigosamente no coração e na mente do Ser por ela contaminado, quando o cerco dos problemas parece aparentemente intransponível provoca estados de turbação do raciocínio e desperta o desinteresse pela vida, e antes que o indivíduo se dê conta, eis que está infectado e só a muito esforço se libertará da presença perturbadora desse vírus destruidor de sonhos e vidas.

Como impositivo inicial da depressão preciso se faz a utilização da coragem, como sendo o início imediato na busca pela crua, e em seguida a vacina pela prece que recompõe as energias depois a busca de ocupação do tempo no trabalho e no amor desinteressado e incessante que são imprescindíveis para a restauração do equilíbrio e bem-estar ameaçados.

Urge não esquecer que em um mundo de expiações e provas como o nosso, é comum que a ganância, a soberba e a violência grassem sobremaneira dominadoras, a fim de que se preserve o grito da sociedade materialista pelos bens passageiros e ilusórios.

“Admiráveis são todos os espíritos nobres e retos que militam com grandeza na Causa do Bem. Entretanto, não menos admiráveis são todos aqueles que se reconhecem frágeis e imperfeitos, caindo e erguendo-se muitas vezes nas trilhas da existência sob críticas e censuras, mas sempre resistindo à tentação do desânimo, sem desistirem de trabalhar.

Ninguém se eleva, sem esforço máximo da vontade, dos campos do hábito para as regiões iluminadas da experiência.

Entretanto, ninguém atinge as múltiplas regiões da experiência sem passaportes adquiridos nas agências da dor.

Não penses tanto sobre o que os outros possam imaginar a teu respeito. Raramente isto acontece. Na maioria dos casos, quando notas alguém a observar-te, essa pessoa, provavelmente, deseja saber o que estás pensando a respeito dela. Em qualquer situação, mentalizemos o bem o sigamos para a frente.” Xavier, Francisco Cândido, pelo Espírito Emmanuel, livro Antologia da Amizade.

O Cristão, e particularmente o Espírita, convidado por Jesus para que se torne um soldado do bem e da paz, não pode concordar com os métodos e costumes desaconselháveis, imorais desequilibrados que predominam em nossa sociedade contemporânea.

Ora e vigia, porque se te manténs à margem desses acontecimentos, os inimigos dos dois planos da vida trabalharão por te aprisionar em seus métodos e costumes doentios que te levarão certamente à depressão, por que o mal não pode fazer o bem a ninguém, por mais que se explique ou queira. Não te esqueças nunca de que a ascensão de quem quer que deseje a moralização, resulta da incessante luta contra as suas próprias imperfeições que ainda nos escravizam.

Desperta em ti meu irmão a cultura de auto iluminação, procura conhecer-te identificando o que precisas modificar em teu comportamento e luta com disposição contra as tendências inferiores e segue confiante em busca de conquistar tuas aspirações sublimes e libertadoras.

Jesus nos guie!

segunda-feira, 5 de maio de 2025

Parabéns Divaldo Franco

Caro Divaldo Pereira Franco, hoje o Céu e a Terra festejam a passagem de mais uma data especial em que você completa 98 anos de existência, na presente encarnação. Você aniversaria o nós recebemos de Deus o presente de sua participação positiva em nossas vidasDeus nosso Pai e Criador possa envolvê-lo em sua infinita luz, e guardá-lo em sua sublime paz! Oferte, Senhor a este seu dedicado trabalhador em nosso nome a gratidão e o reconhecimento por tudo que este seu enviado nos ofertou nesses bem vividos anos, em que dedicou sob vosso amparo toda sua vida em prol do crescimento intelectual, moral e espiritual dos seus irmãos em humanidade. 
Obrigado Senhor por nos ter concedido desfrutar dos exemplos de dedicação e respeito pela dignidade da vida sob a bandeira da ética e da morarlidade, sacrificando sua existência para defender os legítimos preceitos do "Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo".
Permita que Divaldo possa conquistar todos os seus mais sagrados objetivos na vida, e continue a inspirá-lo, iluminá-lo e guiá-lo por todos os seus dias na TERRA.
Feliz aniversário Divaldo.
Deus o abençoe abundantemente!
Francisco Rebouças.

sexta-feira, 2 de maio de 2025

ANTE O CRISTO CONSOLADOR

Nas consolações e tarefas do Espiritismo, é necessário que o coração vibre acordado em sintonia com o cérebro para que não venhamos a perder valiosas oportunidades no tempo.

Provarás a sobrevivência da alma, além da morte, através de testemunhos insofismáveis da experimentação, entretanto, que valor apresentará semelhante esforço, se não auxiliais o aperfeiçoamento moral do Espírito em peregrinação na carne?

Movimentarás equações filosóficas, anunciando à mente do povo os princípios da reencarnação, contudo que adiantarão teus assertos, se não ofereces ao próximo os recursos indispensáveis à sublimação da vida interior?

Aproveitarás a mediunidade, distribuindo ideias novas e novas convicções, entre os homens sedentos de esperança, por intermédio da argumentação irretorquível; no entanto, de que te servirá o interesse fortuito, nas revelações graciosas, se não despertas a noção de responsabilidade naqueles que te observam e ouvem?...

Realizarás as melhores demonstrações científicas, positivando a vida consciente em outros mundos e em outras esferas de ação; todavia, de que valerá semelhante empreendimento se te não dispões a ajudar o pedaço de chão em que nasceste contribuindo de algum modo, na construção da Terra melhor?

É por isso que, quase sempre, Espiritismo sem Cristianismo é simples empresa intelectual, destinada a desaparecer no sorvedouro de caprichos da inteligência.

Não se entrelaçariam dois mundos diferentes para o simples trabalho da pesquisa ociosa ou do êxtase inoperante.

Não se abririam as portas do Grande Além para que o homem se infantilizasse na irresponsabilidade ou na inconsequência.

Cristo é o ponto de equilíbrio em nosso reencontro.

Espíritos desencarnados e encarnados, todos nos achamos em degraus diferentes da escada evolutiva.

Sem Jesus, estaríamos confinados à sombra de nós mesmos, e, sem a disciplina do Seu Evangelho de Luz e Amor, com todas as pompas de nossa fenomenologia convincente e brilhante não passaríamos de consciências extraviadas e irrequietas a caminho do caos.

Michel E. de Montaigne em “Essais, I, 14”: Et est la follie de s’attendre que fortune elle même nous arme suffisemment contre soy. C’est de nos armes qu’il la faut combattre. A loucura espera que a boa-sorte nos forneça armas suficientes contra ela. Com ela em nossas mãos é que a combateremos.

Livro: Escrínio de Luz

Chico Xavier/Emmanuel

Ante o Infinito - do livro Roteiro, cap. 30 - Flavio Catalano - Ibitinga/SP.

quarta-feira, 2 de abril de 2025

Chico deixou saudades!

Nesta data há 115 anos atrás, reencarnava entre nós um dos mais ilustres emissários da Divindade, o querido e saudoso Chico Xavier na cidade mineira de Pedro Leopoldo, exatamente em 2 de abril de 1910.

Fiel discípulo de Jesus, a quem procurou seguir, em pensamentos palavras e atos, Chico nos deu provas de que verdadeiramente o entendeu, e por essa razão trabalhou até o final de seus dias na Terra, para colocar em prática os ensinamentos e exemplos do nosso Mestre e Guia, a quem ama verdadeiramente cumprindo e ensinando suas sagradas diretrizes, inicialmente em seu próprio mundo íntimo, para tornar-se mais tarde exemplo para todos nós purificando e sublimando suas escolhas, apaziguando seu coração e pacificando sua consciência nas diretrizes Superiores.

Nos propôs exercitar o amor e respeito pelo nosso semelhante, como ele mesmo o fez, perdoando seus detratores, consolando corações angustiados de mães e pais, praticando a caridade material mesmo não dispondo de avultados recursos financeiros, realizando o bem com os parcos recursos de que dispunha.

Chico nos mostrou que é preciso nos desapegarmos dos bens materiais, como o fez diversas vezes quando a ele foram ofertados por aqueles que se sentiam gratos por sua ajuda, abrindo mão dos ganhos financeiros de seus livros, fugindo do glamour da fama, etc. etc., vivenciando em seus dias o ensino daquele que é verdadeiramente O caminho, A verdade e a Vida “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.” (1)

Quando da sua volta ao mundo espiritual, ocorrido em Uberaba no dia 30 de junho de 2002, fomos surpreendidos com a notícia de sua desencarnação deixando tristezas e saudades de alguém que simplesmente fazia parte de nossas vidas. Porém se aqui estávamos surpresos e tristes, do outro lado da vida, sua chegada provocava alegrias e festejos, pois, estava de volta o bom filho que a casa retornava, com uma bagagem de valor inestimável por tudo que aqui realizou.

Chico o fiel e incansável trabalhados de Jesus, prossegue da mesma forma que aqui fazia, espargindo suas felizes vibrações de espírito pacificado com as Leis Divinas ofertando aos seus irmãos dos dois planos da vida, o mesmo amor, cuidado e ternura com os encarnados e desencarnados necessitados de sua mão amiga.

Em suas obras de elevado conteúdo doutrinário, deixou-nos um legado incalculável de lições para serem observadas por todo aquele que desejar encontrar o caminho seguro para o crescimento e desenvolvimento das virtudes das quais somos portadores.

“Caminha reerguendo os corações caídos em tristeza e desânimo.

Rearticula a fé nos companheiros que se perderam do rumo. Se algum deles se marginaliza, auxilia-o a reajustar-se na trilha certa.

Estende as mãos aos que se imobilizaram no sofrimento para que retomem o trânsito natural de quantos se dirigem para a frente.

Para isso, lembra-te de esquecer os argumentos amargos e as reminiscências infelizes.

Fala no bem, encaminha-te para o futuro, interpreta com a luz do amor os acontecimentos da vida e eleva os assuntos para os cimos da compreensão.

Dispões do olhar de simpatia, do entendimento fraterno, do sorriso amistoso, da palavra benevolente; reaquece a confiança nos irmãos que esmorecem ao contato dos problemas do mundo e ajuda-os a refletir na Bondade Divina que nos acolhe a todos.

Não te detenhas.” (2)

Resta-me particularmente dizer do fundo do meu coração agradecido, a você querido irmão e amigo, obrigado CHICO, por tudo.

Rogo a Jesus te abraçar e abençoar abundantemente, em nome de tantos corações confortados e apaziguados por tua generosidade, hoje e sempre!

Muita paz.

Bibliografia

1 – Jesus. Evangelho de Mateus (22:37/39).

2- Xavier, Francisco Cândido, pelo Espírito Emmanuel – Livro Algo Mais, Cap. Alegria e Esperança. 

sexta-feira, 14 de março de 2025

Árvores Humanas

O texto evangélico, ante a luz da Doutrina Espírita, não se refere aos médiuns categorizando-os por fachos ou estrelas, anjos ou santos.

Com muita propriedade, reporta-se a eles como sendo árvores frutíferas.

E sabemos, à saciedade, que as árvores produzem segundo a própria espécie.

Não vivem sem irrigação e sem adubo; entretanto, o excesso de uma e outro pode perdê-las.

Em verdade, não prescindem do cuidado e do carinho de cultivadores atentos; contudo, se obrigam a tolerar vento e chuva, canícula e tempestade.

São abençoadas por ninhos e melodias de pássaros amigos; todavia, suportam pragas que por vezes lhes carcomem as orças e pancadas de criaturas irresponsáveis que lhes furtam lascas e flores.

Registram a gratidão das almas boas que lhes recolhem o favor e a utilidade, mas aguentam o assalto de quantos lhes tomam a golpes de violência ramos e frutos.

E, conquanto estimáveis aos pomicultores, que lhes garantem a existência, são submetidas por eles mesmos à poda criteriosa e providencial, com vistas ao rendimento e melhoria da produção.

Assim também são os médiuns da Terra, postos no solo da experiência para a extensão do bem de todos. E anotemos que, semelhantes às árvores preciosas, todos eles, por muito dignos, como sucede a qualquer criatura humana, se elevam em pensamento no rumo do Céu, conservando, porém, os próprios pés nas dificuldades e deficiências do chão.

Livro: MEDIUNIDADE E SINTONIA

Francisco Cândido Xavier/Emmanuel.

sexta-feira, 7 de março de 2025

Estudando a Doutrina Espírita

FORMAÇÃO E PROPRIEDADES DO PERISPÍRITO

- A camada de fluidos espirituais que cerca a Terra se pode comparar às camadas inferiores da atmosfera, mais pesadas, mais compactas, menos puras, do que as camadas superiores. Não são homogêneos esses fluidos; são uma mistura de moléculas de diversas qualidades, entre as quais necessariamente se encontram. as moléculas elementares que lhes formam a base, porém mais ou menos alteradas. Os efeitos que esses fluidos produzem estarão na razão da soma das partes puras que eles encerram. Tal, por comparação, o álcool retificado, ou misturado, em diferentes proporções, com água ou outras substâncias: seu peso específico aumenta, por efeito dessa mistura, ao mesmo tempo que sua força e sua inflamabilidade diminuem, embora no todo continue a haver álcool puro.

Os Espíritos chamados a viver naquele meio tiram dele seus perispíritos; porém, conforme seja mais ou menos depurado o Espírito, seu perispírito se formará das partes mais puras ou das mais grosseiras do fluido peculiar ao mundo onde ele encarna. O Espírito produz aí, sempre por comparação e não por assimilação, o efeito de um reativo químico que atrai a si as moléculas que a sua natureza pode assimilar.

Resulta disso este fato capital: a constituição íntima do perispírito não é idêntica em todos os Espíritos encarnados ou desencarnados que povoam a Terra ou o espaço que a circunda. O mesmo já não se dá com o corpo carnal, que, como foi demonstrado, se forma dos mesmos elementos, qualquer que seja a superioridade ou a inferioridade do Espírito. Por isso, em todos, são os mesmos os efeitos que o corpo produz, semelhantes as necessidades, ao passo que diferem em tudo o que respeita ao perispírito.

Também resulta que: o envoltório perispirítico de um Espírito se modifica com o progresso moral que este realiza em cada encarnação, embora ele encarne no mesmo meio; que os Espíritos superiores, encarnando excepcionalmente, em missão, num mundo inferior, têm perispírito menos grosseiro do que o dos indígenas desse mundo.

Fonte: A Gênese, cap. XIV, item 10.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

Desajuste Aparente - livro Roteiro, cap. 31- Adriana Paula - Teresina/PI.

EVANGELHO E EDUCAÇÃO

Quando o mestre confiou ao mundo a divina mensagem da Boa Nova, a Terra, sem dúvida, não se achava desprovida de sólida cultura.

Na Grécia, as artes haviam atingido luminosa culminância e, em Roma, bibliotecas preciosas circulavam por toda parte, divulgando a política e a ciência, a filosofia e a religião.

Os escritores possuíam corpos de copistas especializados e professores eméritos conservavam tradições e ensinamentos, preservando o tesouro da inteligência.

Prosperava a instituição, em todos os lugares, mas a educação demorava-se em lamentável pobreza.

O cativeiro consagrado por lei era flagelo comum.

A mulher, aviltada em quase todas as regiões, recebia tratamento inferior ao que se dispensava aos cavalos.

Homens de consciência enobrecia, por infelicidade financeira ou por questiúnculas de raça, eram assinalados a ferro candente e submetidos à penosa servidão, anotados como animais.

Os pais podiam vender os filhos.

Era razoável cegar os vencidos e aproveita-los em serviços domésticos.

As crianças fracas eram, quase sempre, punidas com a morte.

Enfermos eram sentenciados ao abandono.

As mulheres infelizes podiam ser apedrejadas com o beneplácito da justiça.

Os mutilados deviam perecer nos campos de luta, categorizados à conta de carne inútil.

Qualquer tirano desfrutava o direito do reduzir os governados à extrema penúria, sem ser incomodado por ninguém.

Feras devoravam homens vivos nos espetáculos e divertimentos públicos, com aplauso geral.

Rara a festividade do povo que transcorria sem vasta efusão de sangue humano, como impositivo natural dos costumes.

Com Jesus, entretanto, começa uma era nova para o sentimento.

Condenado ao supremo sacrifício, sem reclamar, e rogando o perdão celeste para aqueles que o vergastavam a feriam, instila no ânimo dos seguidores novas disposições espirituais.

Iluminados pela Divina Influência, os discípulos do Mestre consagram-se ao serviço dos semelhantes.

Simão Pedro e os companheiros dedicam-se aos doentes e infortunados.

Instituem-se casas de socorro para os necessitados e escolas de evangelização para o espírito popular.

Pouco a pouco, altera-se a paisagem social, no curso dos séculos.

Dilacerados e atormentados, entregues ao supremo sacrifício nas demonstrações sanguinolentas dos tribunais e das praças públicas, ou trancafiados nas prisões, os aprendizes do Evangelho ensinam a compaixão e a solidariedade, a bondade e o amor, a fortaleza moral e a esperança.

Há grupos de servidores, que se devotam ao trabalho remunerado para a libertação de numerosos cativos.

Senhores da fortuna e da terra, tocados nas fibras mais íntimas, devolvem escravos ao mundo livre.

Doentes encontram remédio, mendigos acham teto, desesperados se reconfortam, órfãos são recebidos no lar.

Nova mentalidade surge na Terra.

O coração educado aparece, por abençoada luz, nas sombras da vida.

A gentileza e a afabilidade passam a reger o campo das boas maneiras e, sob a inspiração do Mestre Crucificado, homens de pátrias e raças diferentes aprenderam a encontrar-se com alegria, exclamando, felizes: _ “meu irmão”.

Livro: Roteiro, cap21

Chico Xavier/Emmanuel


Útil refletir!


 

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

Problemas do mundo

 Cap. VI – Item 5

O mundo está repleto de ouro.

Ouro no solo. Ouro no mar. Ouro nos cofres.

Mas o ouro não resolve o problema da miséria.

O mundo está repleto de espaço.

Espaço nos continentes. Espaço nas cidades. Espaço nos campos.

Mas o espaço não resolve o problema da cobiça.

O mundo está repleto de cultura.

Cultura no ensino. Cultura na técnica. Cultura na opinião.

Mas a cultura da inteligência não resolve o problema do egoísmo.

O mundo está repleto de teorias.

Teorias na ciência. Teorias nas escolas filosóficas. Teorias nas religiões.

Mas as teorias não resolvem o problema do desespero.

O mundo está repleto de organizações.

Organizações administrativas. Organizações econômicas. Organizações sociais.

Mas as organizações não resolvem o problema do crime.

Para extinguir a chaga da ignorância, que acalenta a miséria; para dissipar a sombra da cobiça, que gera a ilusão; para exterminar o monstro do egoísmo, que promove a guerra; para anular o verme do desespero, que promove a loucura, e para remover o charco do crime, que carreia o infortúnio, o único remédio eficiente é o Evangelho de Jesus no coração humano.

Sejamos, assim, valorosos, estendendo a Doutrina Espírita que o desentranha da letra, na construção da Humanidade Nova, irradiando a influência e a inspiração do Divino Mestre, pela emoção e pela idéia, pela diretriz e pela conduta, pela palavra e pelo exemplo e, parafraseando o conceito inolvidável de Allan Kardec, em torno da caridade, proclamemos aos problemas do mundo: “Fora do Cristo não há solução.”

Bezerra de Menezes

Livro: O Espírito da Verdade, cap. 1
Chico Xavier/Emmanuel.

terça-feira, 28 de janeiro de 2025

Estejamos certos

Porei minhas leis em seus corações e as escreverei em seus entendimentos.” - Paulo. (Hebreus, 10:16.)

As instituições humanas vivem cheias de códigos e escrituras.

Os templos permanecem repletos de pregações. Os núcleos de natureza religiosa alinham inúmeros compêndios doutrinários.

O Evangelho, entretanto, não oculta os propósitos do Senhor.

Toda a movimentação de páginas rasgáveis, portadoras de vocabulário restrito, representa fase de preparo espiritual, porque o objetivo de Jesus é inscrever os seus ensinamentos em nossos corações e inteligências.

Poderemos aderir de modo intelectual aos mais variados programas religiosos, navegarmos a pleno mar da filosofia e da cultura meramente verbalistas, com certo proveito à nossa posição individual, diante do próximo; mas, diante do Senhor, o problema fundamental de nosso espírito é a transformação para o bem, com a elevação de todos os nossos sentimentos e pensamentos.

O Mestre escreverá nas páginas vivas de nossa alma os seus estatutos divinos.

Tenhamos disso a certeza. E não estejamos menos convencidos de que, às vezes, por acréscimo de misericórdia, nos conferirá os precisos recursos para que lavemos nosso livro íntimo com a água das lágrimas, eliminando os resíduos desse trabalho com o fogo purificador do sofrimento.

Livro: Vinha de Luz, cap. 81  

Chico Xavier/Emmanuel

sábado, 18 de janeiro de 2025

AFINIDADE - do livro Roteiro, cap. 26 - Izaura Hart - Petrópolis/RJ.

MENSAGEM DE VIGILÂNCIA

Se buscas em tua fé

Roteiros de paz e luz,

Afeiçoa a própria vida

Às instruções de Jesus.


Não vale apenas saber.

O aprendizado cristão

Reclama de todos nós

Esforço e edificação.


Palavras, prantos, discursos,

Merecem todo o respeito,

Mas são zero se lhes falta

Caminho nobre e direito.


Muitos sabem todo o texto

Que a Santa Escritura encerra,

Mas vivem segundo a carne,

Colados ao pó da terra.


Notamos por toda a parte,

Nos Templos do mundo inteiro,

Grandes lobos que se ocultam

Em fina lã de cordeiro.


Há serpes ao pé do altar

De mente escura e cruel,

Raposas que dão balidos

Gemendo com voz de mel.


Há vasos alabastrinos

Conservando essência impura.

E há venenos escondidos

Em cálices de ternura.


São almas que a sombra envolve

Em que a mentira faz centro.

Revelam flores por fora

Guardando abismos por dentro.


As teorias sem fatos

Ao povo faminto em prece

São promessas enganosas

De pão que desaparece.


Todos temos fantasias

De Caim, Judas, Pilatos,

Mas nunca seremos livres

Sem Jesus em nossos atos.


Façamos, pois, cada dia,

Bendita e nova cruzada,

Oferecendo ao Senhor

Nossa vida transformada.


Sem Cristo no pensamento,

Sem Evangelho na ação,

Jamais veremos na Terra

O dia da redenção.

Livro: Gotas de Luz
Chico Xavier/Casimiro Cunha

terça-feira, 7 de janeiro de 2025

Estudando sobre a prece!


CONSIDERAÇÕES SOBRE A PRECE NO ESPIRITISMO.

Cada um é livre para encarar as coisas à sua maneira, e nós, que reclamamos essa liberdade para nós, não podemos recusá-la aos outros. Mas, do fato de que uma opinião seja livre, não se segue que não se possa discuti-la, examinar-lhe o forte e o fraco, pesar-lhe as vantagens ou os inconvenientes.

Dizemos isto a propósito da negação da utilidade da prece, que algumas pessoas gostariam de erigir em sistema, para dela fazer a bandeira de uma escola dissidente.

Essa opinião pode se resumir assim:

"Deus estabeleceu leis eternas, às quais todos os seres estão submetidos; não podemos nada lhe pedir e não lhe temos a agradecer nenhum favor especial, portanto, é inútil orar-lhe.

"A sorte dos Espíritos está traçada; é, pois, inútil orar por eles. Não podem mudar a ordem imutável das coisas, portanto, é inútil orar por eles.

"O Espiritismo é uma ciência puramente filosófica; não só não é uma religião, mas não deve ter nenhum caráter religioso. Toda prece dita nas reuniões tende a manter a superstição e a beatice."

A questão da prece foi, há muito tempo, discutida para que seja inútil repetir aqui o que se sabe a esse respeito. Se o Espiritismo proclama-lhe a utilidade, não é por espírito de sistema, mas porque a observação permitiu constatar-lhe a eficácia e o modo de ação.

Desde então que, pelas leis fluídicas, compreendemos o poder do pensamento, compreendemos também o da prece, que é, ela mesma, um pensamento dirigido para um objetivo determinado.

Para algumas pessoas, a palavra prece não revela senão uma ideia de pedido; é um grave erro. Com relação à divindade é um ato de adoração, de humildade e de submissão ao qual não se pode recusar sem desconhecer o poder e a bondade do Criador. Negar a prece a Deus é reconhecer Deus como um fato, mas é recusar prestar-lhe homenagem; está ainda aí uma revolta do orgulho humano.

Com relação aos Espíritos, que não são outros senão as almas de nossos irmãos, a prece é uma identificação de pensamentos, um testemunho de simpatia; repeli-la, é repelir a lembrança dos seres que nos são caros, porque essa lembrança simpática e benevolente é em si mesma uma prece. Aliás, sabe-se que aqueles que sofrem a reclamam com instância como um alívio às suas penas; se a pedem, é, pois, que delatem necessidade; recusá-la é recusar o copo d'água ao infeliz que tem sede.

Além da ação puramente moral, o Espiritismo nos mostra, na prece, um efeito de alguma sorte material, resultante da transmissão fluídica. Sua eficácia, em certas doenças, está constatada pela experiência, como é demonstrada pela teoria. Rejeitar a prece é, pois, privar-se de um poderoso auxiliar para o alívio dos males corpóreos.

Vejamos agora qual seria o resultado dessa doutrina, e se ela teria alguma chance de prevalecer.

Todos os povos oram, desde os selvagens aos homens civilizados; a isto são levados pelo instinto, e é o que os distingue dos animais. Sem dúvida, oram de uma maneira mais ou menos racional, mas, enfim, eles oram. Aqueles que, por ignorância ou presunção, não praticam a prece, formam, no mundo, uma ínfima minoria.

A prece é, pois, uma necessidade universal, independente das seitas e das nacionalidades. Depois da prece, estando-se fraco, sente-se mais forte; estando-se triste, sente-se consolado; tirar a prece é privar o homem de seu mais poderoso sustento moral na adversidade. Pela prece ele eleva sua alma, entra em comunhão com Deus, se identifica com o mundo espiritual, desmaterializa-se, condição essencial de sua felicidade futura; sem a prece, seus pensamentos ficam sobre a Terra, se prendem cada vez mais às coisas materiais; daí um atraso em seu adiantamento.

Contestando um dogma, não se coloca em oposição senão com a seita que o professa; negando a eficácia da prece, melindra o sentimento íntimo da quase unanimidade dos homens. O Espiritismo deve as numerosas simpatias que encontra às aspirações do coração, e nas quais as consolações que se haurem na prece entram com uma grande parte. Uma seita que se fundasse sobre a negação da prece, privar-se-ia do principal elemento de sucesso, a simpatia geral, porque em lugar de aquecer a alma, ela a gelaria; em lugar de elevá-la, a rebaixaria. Se o Espiritismo deve ganhar em influência, isto é, aumentando a soma das satisfações morais que proporciona. Que todos aqueles que querem a todo preço novidade no Espiritismo, para ligar seu nome à sua bandeira, se esforcem para dar mais do que ele; jamais dando menos do que ele que o suplantarão. A árvore despojada de seus frutos saborosos e nutritivos será sempre menos atraente que aquela que deles está ornamentada. É em virtude do mesmo princípio que sempre temos dito aos adversários do Espiritismo: O único meio de matá-lo, é dar alguma coisa de melhor, de mais consolador, que explique mais e que satisfaça mais. E é o que ninguém ainda fez.

Pode-se, pois, considerar a rejeição da prece, da parte de alguns crentes nas manifestações espíritas, como uma opinião isolada que pode reunir algumas individualidades, mas que jamais reunirá a maioria. Seria errado que se imputasse essa doutrina ao Espiritismo, uma vez que ele ensina positivamente o contrário.

Nas reuniões espíritas, a prece predispõe ao recolhimento e à seriedade, condição indispensável, como se sabe, para as comunicações sérias. Quer dizer que ele manda transformá-las em assembleias religiosas? De nenhum modo; o sentimento religioso não é sinônimo de protestante; deve-se mesmo evitar o que poderia dar às reuniões esse último caráter. É nesse sentido que constantemente desaprovamos as preces e os símbolos litúrgicos de um culto qualquer. Não é preciso esquecer que o Espiritismo deve tender para a aproximação das diversas comunhões; já não é raro ver nessas reuniões a confraternização dos representantes de diversos cultos, e é porque ninguém deve se arrogar a supremacia. Que cada um em seu particular ore como o entende, é um direito de consciência; mas numa assembleia fundada sobre o princípio da caridade, deve-se abster de tudo o que poderia ferir suscetibilidades, e tender a manter um antagonismo que se deve ao contrário se esforçar em fazer desaparecer. As preces especiais ao Espiritismo não constituem, pois, um culto distinto, desde o instante em que elas não são impostas e cada uma está livre para dizer aquelas que lhe convém; mas elas têm a vantagem de servir para todo mundo e de não ferir ninguém.

O mesmo princípio de tolerância e de respeito para com as convicções alheias nos faz dizer que toda pessoa razoável que as circunstâncias levam num templo, de um culto do qual não partilha as crenças, deve se abster de todo sinal exterior que poderia escandalizar os assistentes; ela deve, tem mesmo necessidade, de sacrificar aos usos de pura forma que não podem em nada empenhar sua consciência. Que Deus seja adorado num templo de maneira mais ou menos lógica, isto não é um motivo para ferir aqueles que acham essa maneira boa.

O Espiritismo dando ao homem uma certa soma de satisfações e provando um certo número de verdades, dissemos que não poderia ser substituído senão por alguma coisa que desse mais e provasse melhor do que ele. Vejamos se isto é possível. O que faz a principal autoridade da Doutrina é que não há um único de seus princípios que seja o produto de uma ideia preconcebida ou de uma opinião pessoal; todos, sem exceção, são o resultado da observação dos fatos; foi unicamente pelos fatos que o Espiritismo chegou a conhecer a situação e as atribuições dos Espíritos, assim como as leis, ou melhor uma parte das leis que regem suas relações com o mundo invisível; este é um ponto capital.

Continuando a nos apoiar sobre a observação, fazemos filosofia experimental e não especulativa. Para combater as teorias do Espiritismo, não basta, pois, dizer que elas são falsas, seria preciso opor-lhes fatos dos quais estariam impossibilitadas de dar a solução.

E neste caso mesmo manter-se-á sempre num nível, porque seria contrário à sua essência se obstinar numa ideia falsa, e que se esforçará sempre em preencher as lacunas que possa apresentar, não tendo a pretensão de ter chegado ao apogeu da verdade absoluta. Essa maneira de encarar o Espiritismo não é nova; pode-se vê-la em todos os tempos formulada em nossas obras. Desde que o Espiritismo não se declara nem estacionário nem imutável, ele assimilará todas as verdades que forem demonstradas, de qualquer parte que venham, fosse da de seus antagonistas, e não permanecerá jamais atrás do progresso real. Ele assimilará essas verdades, dizemos nós, mas somente quando forem claramente demonstradas, e não porque agradaria alguém de dar por elas, ou seus desejos pessoais ou os produtos de sua imaginação.

Estabelecido este ponto, o Espiritismo não poderia perder senão se se deixasse distanciar por uma doutrina que daria mais do que ele; nada a temer daquelas que dariam menos e dele fortificariam o que faz a sua força e a sua principal atração.

Se o Espiritismo ainda não disse tudo, ele é, no entanto, uma certa soma de verdades adquiridas pela observação e que constituem a opinião da maioria dos adeptos; e se essas verdades passaram hoje ao estado de artigos de fé, para nos servir de uma expressão empregada ironicamente por alguns, isto não é nem por nós, nem por ninguém, nem mesmo por nossos Espíritos instrutores e elas foram assim colocadas e ainda menos impostas, mas pela adesão de todo mundo, cada um estando em condições de constatá-las.

Se, pois, uma seita se formasse em oposição com as ideias consagradas pela experiência e geralmente admitidas em princípio, ela não poderia conquistar as simpatias da maioria, da qual melindraria as convicções. Sua existência efêmera se extinguiria com o seu fundador, talvez mesmo antes, ou pelo menos com os poucos adeptos que ela teria podido reunir. Suponhamos o Espiritismo partilhado em dez, em vinte seitas, aquela que tiver a supremacia e mais vitalidade será naturalmente a que dará maior soma de satisfações morais, que encherá o maior número de vazios da alma, que será fundada sobre as provas mais positivas, e que melhor se colocará ao uníssono com a opinião geral.

Ora, o Espiritismo, tomando o ponto de partida de todos os seus princípios na observação dos fatos, não pode ser derrubado por uma teoria; mantendo-se constantemente ao nível das ideias progressivas, não poderá ser ultrapassado; apoiando-se sobre o sentimento da maioria, ele satisfaz as aspirações da maioria; fundado sobre estas bases, é imperecível, porque aí está a sua força.

Aí está também a causa do insucesso das tentativas feitas para colocar-lhe obstáculos; em fato de Espiritismo, há ideias profundamente antipáticas à opinião geral e que esta repele instintivamente; erguer sobre essas ideias, como ponto de apoio, um edifício ou esperanças quaisquer, é agarrar-se desastradamente a ramos partidos; eis ao que estão reduzidos aqueles que, não tendo podido derrubar o Espiritismo pela força, tentam derrubá-lo por si mesmo.

Fonte: Revista Espírita - JANEIRO 1866.

terça-feira, 31 de dezembro de 2024

FELIZ 2025!!

Desejo aos meus familiares e amigos, que 2025 seja portador de incontáveis oportunidades para a construção de uma vida feliz, repleta de saúde, paz e progresso intelectual, moral e espiritual para todos!

Onde cada dia do novo ano, seja uma dádiva divina para ser aproveitada e desfrutada com equilíbrio, lucidez e dignidade, sob as diretrizes de uma conduta reta pautada na proposta contida no Evangelho de Jesus.

Que seus exemplos e ensinamentos sejam cultivados com todo cuidado e fidelidade para que nos garantam uma colheita saudável no sustento dos nossos melhores projetos de reformar para melhor nossos pensamentos palavras e atos, dedicando mais amor a Deus e ao nosso próximo.

Fico a rogar a Deus que nos conceda a realização dos nossos nobres objetivos na vida, e que a alegria seja estampada em cada rosto, espalhando confiança e fé nas promessas de Jesus de que nenhuma de suas ovelhas se perderá, pois todos marchamos para a felicidade e a pureza espiritual.

Feliz ano novo a todos!

Francisco Rebouças. 

 

Brasil coração do mundo...

https://youtu.be/_a9tpJnGcbw

Homenagem a Chico Xavier

Haroldo Dias Dutra - As cartas de Paulo

Haroldo Dutra - Jesus o Médico da Almas

https://youtu.be/Uk7OUvyGCZU



Divaldo Franco

https://youtu.be/OVbstbRFs9M

Entrevista sobre Emmanuel, Joanna de Ângelis...

Reencarnação é uma realidade

Palestra O trabalho no Bem - Cristiane Parmiter

Palestra: As Leis Divinas e nós - Cristiane Parmiter

Palestra: Benevolência - Cristiane Parmiter

Palestra: Jesus e o Mundo - Cristiane Parmiter

Palestra: A Dinâmica do Perdão - Cristiane Parmiter

Palestra: Perante Jesus - Cristiane Parmiter

Palestra AVAREZA - Cristiane Parmiter

Palestra Obediência Construtiva - Cristiane Parmiter

Palestra Tribulações - Cristiane Parmiter

Palestra Conquistando a Fé - Cristiane Parmiter

Palestra Humildade e Jesus - Cristiane Parmiiter

Palestra Renúncia - Cristiane Parmiter

Glória a Kardec

Rádios Brasil

Simplesmente Espetacular!!!

Professora Amanda Gurgel

De Kardec aos dias de hoje

Muitas Vidas

Divaldo Franco

Entrevista com Divaldo Franco

Sobre Emmanuel, Joanna de Ângelis, e muito mais, confira. 1ª Parte 2ª Parte

Chico Xavier

Chico Xavier (2010) trailer oficial

Página de Mensagens

Nesta página estarei lançando variadas páginas de conteúdo edificante para nosso aprendizado.

Francisco Rebouças.

1-ANTE A LIÇÃO

"Considera o que te digo, porque o Senhor te dará entendimento em tudo".- Paulo. II TIMÓTEO. 2:7.

Ante a exposição da verdade, não te esquives à meditação sobre as luzes que recebes.

Quem fita o céu, de relance, sem contemplá-lo, não enxerga as
estrelas; e quem ouve uma sinfonia, sem abrir-lhe a acústica da alma, não lhe percebe as notas divinas.

Debalde escutarás a palavra inspirada de pregadores ardentes, se não descerrares o coração para que o teu sentimento mergulhe na claridade bendita daquela.

Inúmeros seguidores do Evangelho se queixam da incapacidade de retenção dos ensinos da Boa Nova, afirmando-se ineptos à frente das novas revelações, e isto porque não dispensam maior trato à lição ouvida, demorando-se longo tempo na província da distração e da leviandade.

Quando a câmara permanece sombria, somos nós quem desata o ferrolho à janela para que o sol nos visite.

Dediquemos algum esforço à graça da lição e a lição nos responderá com as suas graças.

O apóstolo dos gentios é claro na observação. "Considera o que te digo, porque, então, o Senhor te dará entendimento em tudo."

Considerar significa examinar, atender, refletir e apreciar.

Estejamos, pois, convencidos de que, prestando atenção aos
apontamentos do Código da Vida Eterna, o Senhor, em retribuição à nossa boa-vontade, dar-nos-á entendimento em tudo.

Livro: Fonte Viva
Chico Xavier/Emmanuel

NO CAMPO FÍSICO

"Semeia-se corpo animal, ressuscitará corpo espiritual." - Paulo. (I CORÍNTIOS, 15:44.)

Ninguém menospreze a expressão animal da vida humana, a pretexto de preservar-se na santidade.

A imersão da mente nos fluidos terrestres é uma oportunidade de sublimação que o espírito operoso e desperto transforma em estruturação de valores eternos.

A sementeira comum é símbolo perfeito.

O gérmen lançado à cova escura sofre a ação dos detritos da terra, afronta a lama, o frio, a resistência do chão, mas em breve se converte em verdura e utilidade na folhagem, em perfume e cor nas flores e em alimento e riqueza nos frutos.

Compreendamos, pois, que a semente não estacionou. Rompeu todos os obstáculos e, sobretudo, obedeceu à influência da luz que a orientava para cima, na direção do Sol.

A cova do corpo é também preciosa para a lavoura espiritual, quando nos submetemos à lei que nos induz para o Alto.

Toda criatura provisoriamente algemada à matéria pode aproveitar o tempo na criação de espiritualidade divina.

O apóstolo, todavia, é muito claro quando emprega o termo "semeia-se". Quem nada planta, quem não trabalha na elevação da própria vida, coagula a atividade mental e rola no tempo à maneira do seixo que avança quase inalterável, a golpes inesperados da natureza.

Quem cultiva espinhos, naturalmente alcançará espinheiros.

Mas, o coração prevenido que semeia o bem e a luz, no solo de si mesmo, espere, feliz, a colheita da glória espiritual.

E N T R E I R M Ã O S
Olympia Belém (Espírito)[1]

Estes são tempos desafiadores para todos os que buscam um mundo melhor, onde reine o amor, onde pontifique a fraternidade, onde possam florir os mais formosos sentimentos nos corações.
Anelamos por dias em que a esperança, há tanto tempo acariciada, possa converter-se em colheita de progressos e de paz.
Sonhamos com esse alvorecer de uma nova era em que o Espiritismo, transformado em religião do povo, apresentando Jesus às multidões, descrucificado e vivo, possa modificar as almas, para que assumam seu pujante papel de filhas de Deus no seio do mundo.
Entrementes, não podemos supor que esses ansiados dias estejam tão próximos, quando verificamos que há, ainda, tanta confusão nos relacionamentos, tanta ignorância nos entendimentos, tanta indiferença e ansiedade nos indivíduos, como se vendavais, tufões, tormentas variadas teimassem em sacudir o íntimo das criaturas, fazendo-as infelizes.
A fim de que os ideais do Cristo Jesus alcancem a Terra, torna-se indispensável o esforço daqueles que, tendo ouvido o cântico doloroso do Calvário, disponham-se a converter suas vidas na madrugada luminosa do Tabor.
O mundo terreno, sob ameaças de guerras e sob os rufares da violência, em vários tons, tem urgência do Mestre de Nazaré, ainda que O ignore em sua marcha atordoada, eivada do materialismo que o fascina, que o domina e que o faz grandemente desfigurado, por faltar sentido positivo e digno no uso das coisas da própria matéria.
Na atualidade, porém, com as advertências da Doutrina dos Espíritos, com essa luculenta expressão da misericórdia de Deus para com Seus filhos terrenos, tudo se torna menos áspero, tudo se mostra mais coerente, oferecendo-nos a certeza de que, no planeta, tudo está de conformidade com a lei dos merecimentos, com as obras dos caminheiros, ora reencarnados, na estrada da suspirada libertação espiritual.
"A cada um segundo as suas obras" aparece como canto de justiça e esperança, na voz do Celeste Pastor.
Hoje, reunidos entre irmãos, unimo-nos aos Emissários destacados do movimento de disseminação da luz sobre as brumas terráqueas, e queremos conclamar os queridos companheiros, aqui congregados, a que não se permitam atormentar pelos trovões que se fazem ouvir sobre as cabeças humanas, ameaçadores, tampouco esfriar o bom ânimo, considerando que o Cristo vela sempre. Que não se deixem abater em razão de ainda não terem, porventura, alcançado as excelentes condições para o ministério espírita, certos de que o tempo é a magna oportunidade que nos concede o Senhor. Que ponham mãos à obra, confiantes e vibrantes, certos de que os verdadeiros amigos de Jesus caminham felizes, apesar das lutas e das lágrimas, típicas ocorrências das experiências, das expiações e das provas.
Marchemos devotados, oferecendo, na salva da nossa dedicação, o melhor que o Espiritismo nos ensina, o melhor do que nos apresenta para os que se perdem nas alamedas do medo, da desesperança e da ignorância a nossa volta.
Hoje, entre os amigos espíritas, encontramos maior ânimo para a superação dos nossos próprios limites, o que configurará, ao longo do tempo a superação dos limites do nosso honroso Movimento Espírita.
Sejamos pregadores ou médiuns, evangelizadores, escritores ou servidores da assistência social, não importa. Importa que nos engajemos, todos, nos labores do Codificador, plenificando-nos da grande honra de cooperar com os excelsos interesses do Insuperado Nazareno.
O tempo é hoje, queridos irmãos. O melhor é o agora, quando nos entrelaçamos para estudar, confraternizar e louvar a Jesus com os corações em clima festivo.
Certos de que o Espiritismo é roteiro de felicidade e bandeira de luz, que devemos içar bem alto sobre o dorso do planeta, abracemo-nos e cantemos, comovidos: Louvado seja Deus! Louvado seja Jesus!
Com extremado carinho e votos de crescente progres­so para todos, em suas lidas espiritistas, quero despedir-me sempre devotada e servidora pequenina.
Olympia Belém.

[1]
- Mensagem psicografada pelo médium J. Raul Teixeira no dia 03.09.95, no encerramento da X Confraternização Espírita do Estado do Rio de Janeiro.

O TEMPO

“Aquele que faz caso do dia, patrão Senhor o faz.” — Paulo. (ROMANOS, capítulo 14, versículo 6.)

A maioria dos homens não percebe ainda os valores infinitos do tempo.
Existem efetivamente os que abusam dessa concessão divina. Julgam que a riqueza dos benefícios lhes é devida por Deus.
Seria justo, entretanto, interrogá-los quanto ao motivo de semelhante presunção.
Constituindo a Criação Universal patrimônio comum, é razoável que todos gozem as possibilidades da vida; contudo, de modo geral, a criatura não medita na harmonia das circunstâncias que se ajustam na Terra, em favor de seu aperfeiçoamento espiritual.
É lógico que todo homem conte com o tempo, mas, se esse tempo estiver sem luz, sem equilíbrio, sem saúde, sem trabalho?
Não obstante a oportunidade da indagação, importa considerar que muito raros são aqueles que valorizam o dia, multiplicando-se em toda parte as fileiras dos que procuram aniquilá-lo de qualquer forma.
A velha expressão popular “matar o tempo” reflete a inconsciência vulgar, nesse sentido.
Nos mais obscuros recantos da Terra, há criaturas exterminando possibilidades sagradas. No entanto, um dia de paz, harmonia e iluminação, é muito importante para o concurso humano, na execução das leis divinas.
Os interesses imediatistas do mundo clamam que o “tempo é dinheiro”, para, em seguida, recomeçarem todas as obras incompletas na esteira das reencarnações... Os homens, por isso mesmo, fazem e desfazem, constroem e destroem, aprendem levianamente e recapitulam com dificuldade, na conquista da experiência.
Em quase todos os setores de evolução terrestre, vemos o abuso da oportunidade complicando os caminhos da vida; entretanto, desde muitos séculos, o apóstolo nos afirma que o tempo deve ser do Senhor.

Livro: Caminho Verdade e Vida.
Chico Xavier/Emmanuel.

NISTO CONHECEREMOS

"Nisto conhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro." (I JOÃO, 4:6.)

Quando sabemos conservar a ligação com a Paz Divina, apesar de todas as perturbações humanas, perdoando quantas vezes forem necessárias ao companheiro que nos magoa; esquecendo o mal para construir o bem; amparando com sinceridade aos que nos aborrecem; cooperando espiritualmente, através da ação e da oração, a benefício dos que nos perseguem e caluniam; olvidando nossos desejos particulares para servirmos em favor de todos; guardando a fé no Supremo Poder como luz inapagável no coração; perseverando na bondade construtiva, embora mil golpes da maldade nos assediem; negando a nós mesmos para que a bênção divina resplandeça em torno de nossos passos; carregando nossas dificuldades como dádivas celestes; recebendo adversários por instrutores; bendizendo as lutas que nos aperfeiçoam a alma, à frente da Esfera Maior; convertendo a experiência terrena em celeiros de alegrias para a Eternidade; descortinando ensejos de servir em toda parte; compreendendo e auxiliando sempre, sem a preocupação de sermos entendidos e ajudados; amando os nossos semelhantes qual temos sido amados pelo Senhor, sem expectativa de recompensa; então, conheceremos o espírito da verdade em nós, iluminando-nos a estrada para a redenção divina.

DOUTRINAÇÕES

"Mas não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos, antes, por estarem os vossos nomes escritos nos céus." — Jesus. (LUCAS, capítulo 10, versículo 20.)

Freqüentemente encontramos novos discípulos do Evangelho exultando de contentamento, porque os Espíritos perturbados se lhes sujeitam.

Narram, com alegria, os resultados de sessões empolgantes, nas quais doutrinaram, com êxito, entidades muita vez ignorantes e perversas.

Perdem-se muitos no emaranhado desses deslumbramentos e tocam a multiplicar os chamados "trabalhos práticos", sequiosos por orientar, em con-tactos mais diretos, os amigos inconscientes ou infelizes dos planos imediatos à esfera carnal.

Recomendou Jesus o remédio adequado a situações semelhantes, em que os aprendizes, quase sempre interessados em ensinar os outros, esquecem, pouco a pouco, de aprender em proveito próprio.

Que os doutrinadores sinceros se rejubilem, não por submeterem criaturas desencarnadas, em desespero, convictos de que em tais circunstâncias o bem é ministrado, não propriamente por eles, em sua feição humana, mas por
emissários de Jesus, caridosos e solícitos, que os utilizam à maneira de canais para a Misericórdia Divina; que esse regozijo nasça da oportunidade de servir ao bem, de consciência sintonizada com o Mestre Divino, entre as certezas
doces da fé, solidamente guardada no coração.

A palavra do Mestre aos companheiros é muito expressiva e pode beneficiar amplamente os discípulos inquietos de hoje.

Livro: Caminho Verdade e Vida.

Chico Xavier/Emmanuel.

FILHOS DA LUZ

FILHOS DA LUZ"Andai como filhos da luz." - Paulo.

(EFÉSIOS, 5:8.)Cada criatura dá sempre notícias da própria origem espiritual.

Os atos, palavras e pensamentos constituem informações vivas da zona mental de que procedemos.

Os filhos da inquietude costumam abafar quem os ouve, em mantos escuros de aflição.

Os rebentos da tristeza espalham o nevoeiro do desânimo.

Os cultivadores da irritação fulminam o espírito da gentileza com os raios da cólera.

Os portadores de interesses mesquinhos ensombram a estrada em que transitam, estabelecendo escuro clima nas mentes alheias.

Os corações endurecidos geram nuvens de desconfiança, por onde passam.

Os afeiçoados à calúnia e à maledicência distribuem venenosos quinhões de trevas com que se improvisam grandes males e grandes crimes.

Os cristãos, todavia, são filhos da luz.E a missão da luz é uniforme e insofismável.Beneficia a todos sem distinção.

Não formula exigências para dar.Afasta as sombras sem alarde.

Espalha alegria e revelação crescentes.Semeia renovadas esperanças.Esclarece, ensina, ampara e irradia-se.

Vinha de Luz

Chico Xavier/André Luiz


QUEM LÊ, ATENDA

"Quem lê, atenda." - Jesus. (MATEUS, 24:15.)

Assim como as criaturas, em geral, converteram as produções sagradas da Terra em objeto de perversão dos sentidos, movimento análogo se verifica no mundo, com referência aos frutos do pensamento.

Freqüentemente as mais santas leituras são tomadas à conta de tempero emotivo, destinado às sensações renovadas que condigam com o recreio pernicioso ou com a indiferença pelas obrigações mais justas.

Raríssimos são os leitores que buscam a realidade da vida.

O próprio Evangelho tem sido para os imprevidentes e levianos vasto campo de observações pouco dignas.

Quantos olhos passam por ele, apressados e inquietos, anotando deficiências da letra ou catalogando possíveis equívocos, a fim de espalharem sensacionalismo e perturbação? Alinham, com avidez, as contradições aparentes e tocam a malbaratar, com enorme desprezo pelo trabalho alheio, as plantas tenras e dadivosas da fé renovadora.

A recomendação de Jesus, no entanto, é infinitamente expressiva.

É razoável que a leitura do homem ignorante e animalizado represente conjunto de ignominiosas brincadeiras, mas o espírito de religiosidade precisa penetrar a leitura séria, com real atitude de elevação.

O problema do discípulo do Evangelho não é o de ler para alcançar novidades emotivas ou conhecer a Escritura para transformá-la em arena de esgrima intelectual, mas, o de ler para atender a Deus, cumprindo-lhe a Divina Vontade.

Livro; Vinha de Luz
Chico Xavier/Emmanuel